Feliz da empresa que consegue
nascer grande e bem estruturada, com seus departamentos bem definidos e
integrados, profissionais especializados em suas respectivas áreas.
Infelizmente esta não é a realidade para a maioria das instituições que abrem
suas portas para a sociedade de consumo. Para estas, a estruturação depende do
desenvolvimento paulatino que pode levar meses, anos ou até mesmo décadas para
ocorrer.
Independentemente disso – da
existência ou não dessa estruturação da empresa em departamentos – algumas
situações são inerentes para toda empresa. O marketing é uma delas. Mesmo não
havendo um departamento de marketing definido ou um profissional especialista
atuando, o marketing está presente mesmo que de forma latente na empresa. Ou
seja, não se pode dizer que uma empresa não pratica marketing, pois estas
práticas são inerentes de todas as empresas. Mas como isso pode ser possível?
Simples. Toda empresa surge para
oferecer ao público um produto ou serviço. A partir daí, tudo se explica. A
empresa possui um produto/serviço. Logo, existe o P de Produto. Logicamente
este produto tem um valor e aí está o P de Preço. Este produto é distribuído em
algum espaço geográfico, ou seja, temos o P de Praça. Este mesmo produto deve
possuir ao menos uma embalagem e/ou um rótulo, o que se configura em um P de
Promoção (comunicação).
Independentemente de estar
acontecendo de forma planejada ou apenas intuitiva, aleatória, o marketing está
acontecendo. O que pode não acontecer é a empresa possuir uma estratégia de
marketing definida e orientada por um objetivo, mas o cliente não
necessariamente vai identificar a ausência dessa estratégia e inevitavelmente
vai ser impactado pela configuração desses Ps.
Claro que marketing não se resume
aos 4 Ps. De qualquer modo, a empresa estará sendo conduzida, seja de forma
intuitiva ou com foco em questões administrativas (giro de capital), de
produção (como capacidade de produção, qualidade do produto), de logística
(como controle de estoque, distribuição), ou mesmo com foco em vendas ou na
demanda. É o que Kotler e Keller, no livro ‘Administração de Marketing – A
bíblia do marketing’ classificam como ‘marketing orientado ao produto’, ‘marketing
orientado a produção’, ‘marketing orientado às vendas’ e o próprio ‘marketing
orientado ao marketing’.
Seja qual for o foco, o
importante é compreender que: se há uma empresa, há uma relação de troca com o
consumidor. Compreender esse processo de troca e otimizá-lo é marketing.
Se o marketing é inerente a
qualquer empresa, mesmo que conduzido de forma intuitiva, então por que não
lançar mão de uma estratégia elaborada, com objetivos bem definidos e foco na
construção de um resultado previamente estabelecido? Por que não dar mais
crédito ao branding e à perguntas simples como: ‘que patamar você quer que sua
empresa atinja daqui a 5 anos’ ou ‘como você quer que sua marca seja
percebida’?
Se a empresa já está sobrevivendo
sem a prática consciente do marketing, imagina o que ela pode fazer se utilizar
o marketing e branding de forma pensada, a seu favor?!
Mesmo que a empresa seja pequena
e que não haja um departamento de marketing desenvolvido, é perfeitamente possível
que seu CEO busque conhecer mais sobre estas disciplinas (marketing e branding)
em livros, blogs, cursos e no próprio Sebrae e comece a pensar a médio e longo prazo.
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